Publicado em 27/01/2017
Brasil deverá ter tímida recuperação nos salários em 2017, diz pesquisa
Previsão de aumento real é de apenas 0,4% neste ano. Resultado é melhor do que em 2016, quando o índice registrou queda de 1,2%.
Os brasileiros não devem ter aumentos salariais
significativos em 2017, com uma previsão de crescimento real de apenas 0,4%,
segundo pesquisa da Korn Ferry, por meio da divisão Hay Group.
Apesar do resultado “tímido”, o índice do Brasil é melhor do
que em 2016, quando houve uma redução de 1,2% nos salários reais. O índice
brasileiro fica bem atrás da média global, que registra ganhos de 2,3% nos
salários reais.
Segundo a pesquisa, ainda não é possível identificar a
recuperação do poder de compra do trabalhador no Brasil. As razões são um
mercado ainda em transição, a instabilidade econômica e política e também alta
volatilidade da inflação.
A América Latina não apresentou bons resultados por causa da
inconstante inflação na região (10,9%). O aumento real nos salários, de forma
geral, deve ser em torno de 1,1%. O destaque negativo é a Argentina com redução
em 12,5% nos salários reais.
No mundo
Na Ásia, os salários reais devem crescer 4,3%, valor mais
alto do mundo e 0,1% maior que em relação ao ano passado. As maiores evoluções
estão previstas para o Vietnã (7,2%), Tailândia (5,6%) e Indonésia (4,9%).
Os EUA experimentarão um crescimento real de 1,9% em 2017,
0,8% menor do que em 2016. “Esse decréscimo pode ser explicado pelo leve
aumento da inflação no país, de 0,3%, em 2015, para 2,1%, em 2016”, explica
Carlos Silva, diretor de análises da Korn Ferry Hay Group.
Na Europa a perspectiva ainda se mantém positiva e estável.
A Europa Ocidental espera avanço real de salários de 1,7%, com destaque para a
Bulgária, que deverá ter aumento real de 4,7%).
Já a Oriental apresentará um crescimento real de 2,1% em
2017, com destaque positivo para Romênia (aumento de 5,7%) e negativo para o
Cazaquistão (com redução de 5,8%).
Os dados de salários foram desenhados a partir do banco de
dados PayNet da Korn Ferry Hay Group, que contém os salários de mais de 20
milhões de colaboradores em mais de 25 mil organizações, em 110 países.