Publicado em 16/08/2016
Julho foi o mês mais quente já registrado, segundo dados da Nasa
Dados divulgados pela Nasa apontam aumento recorde de temperatura. Este é o décimo mês mais quente registrado em sequência.
Crianças aproveitam temperaturas quentes em praia de Marselha, no sul da França, em foto de 20 de julho
Dados divulgados nesta segunda-feira (15) pela Agência
Espacial Americana (Nasa) revelam que o mês de julho passado atingiu alta
recorde de temperatura.
Mesmo após o enfraquecimento do fenômeno "El Niño",
que eleva as temperaturas globais em conjunto com as mudanças climáticas, o mês
de julho de 2016 foi 0,84ºC mais quente do que a média registrada entre 1950 e
1980, e 0,11ºC acima dos meses de julho mais quentes até então registrados, em
2011 e 2015.
O diretor do Instituto Goddard para Estudos Espaciais da
Nasa, Gavin Schmidt, divulgou através do Twitter um gráfico com o aumento da
temperatura em julho de 2016, afirmando ser este o mais quente desde o início
dos registros.
Os cientistas atribuem a alta das temperaturas
principalmente às mudanças climáticas provocadas pela queima de combustíveis
fósseis, além de uma intensificação do El Niño, que, com intervalo de alguns
anos, provoca um aquecimento natural em regiões do Oceano Pacífico, modificando
as temperaturas em todo o mundo.
Segundo a Nasa, este é o décimo mês mais quente
registrado em sequência. "O mais assustador é que entramos numa era onde
será surpreendente quando cada novo mês de um ano não for o mais quente já
registrado", observa Chris Field, cientista do clima da Universidade de
Stanford e do Instituto Carnegie.
Gavin Schmidt diz que o novo recorde, juntamente com todos os outros que foram quebrados recentemente, contam uma mesma história: "O planeta está aquecendo. Isso é importante pelo que nos diz em relação ao futuro", afirmou. Os registros da temperatura global foram iniciados em 1880.