Publicado em 12/12/2016

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Cão guia robô é criado por alunos de escola pública no Espírito Santo

Equipamento foi desenvolvido na Serra. Protótipo pesa três quilos e meio e foi criado em 2011.



Um robô que atua como cão guia desenvolvido no Espírito Santo promete melhorar a vida de deficientes visuais. Apelidado como ‘Lisa’, o robô tem três rodas, pesa 3,5 quilos e pode ser levado em carros e ônibus. 

O primeiro protótipo do ‘cão guia’ foi feito em 2011 a partir da ideia da professora de robótica Neide Sellin e desenvolvido pelos alunos de uma escola pública da Serra. Em 2014, o robô competiu em um quadro do programa ‘Caldeirão do Huck’ e recebeu como prêmio R$ 30 mil.

Segundo Neide, a ideia ao conversar com deficientes que mostraram interesse no projeto e entendeu que a tecnologia que podia suprir parte dessas necessidades. Ela explicou que buscou ideias em modelos desenvolvidos no Japão e tentou fazer algo mais fácil e leve de ser carregado.

Atualmente o robô está sendo melhorado na empresa de desenvolvimento de software da Neide e por estudantes de cursos técnico e superior. As funções do robô são alimentadas por uma bateria de celular e dura até oito horas de uso. A parte externa é de plastico e foi feita em uma impressora 3D.

A principal dificuldade é que existe apenas uma unidade, construída com recursos do Cnpq e do Sebrae, que vai para a rua e volta para os ajustes.

A professora explicou que quer fazer mais robôs, para que pessoas deficientes possam testar também. Neide listou alguns melhoramento que precisam ser feitos no protótipo. “Hoje nós somos uma empresa pequena que desenvolve o projeto, por isso criamos uma plataforma de doações coletivas para que as pessoas possam ajudar a financiar o projeto. A gente precisa melhorar a inteligência, como traduzir quais são os obstáculos”.

O estudante engenharia de automação e controle Maycon Rodrigues explicou que o objetivo é tornar o robô mais autônomo para garantir a segurança do utilizador. “A gente já está fazendo adaptação com programa de geolocalização com pontos de referência, reconhecimento de voz reconhecimento de objetos para fazer o traçamento e desvios de rotas”.

Para a aposentada Joelva Gomes, quando o projeto estiver pronto para uso, será “liberdade total”. “Vou aonde quiser, traçando a minha rota. Quantos deficientes precisam de outras pessoas para levá-los em um local? Com a Lisa vou poder ir sozinha. Estou muito ansiosa pra que isso aconteça”, comentou.



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g1.globo.com

Fabíola de Paula