Publicado em 21/12/2016
Tumor no rosto de menina de 5 anos de SP é retirado em cirurgia nos EUA
Uma placa de titânio foi inserida no queixo. Melyssa ganhou viagem e tratamento em hospital após pais promoverem campanha na internet.
Caroline Braga com a filha Melyssa, nos Estados Unidos.
Médicos do hospital LSU Health Shreveport,
em Louisiana, nos Estados Unidos, retiraram o tumor do rosto da menina Melyssa
Braga, de 5 anos, nesta terça-feira (20) em cirurgia de mais de 10 horas. Os
médicos são especialistas em tumores grandes e em pescoço e cabeça.
"Pela Graça de Deus, pelo poder dele,
a Mel está curada, ela não tem mais a doença. Todo o tumor foi retirado, no
peso de dois quilos e meio. Ela está bem, está se recuperando bem”, disse a mãe
Caroline Braga em um vídeo postado em um grupo de apoio à menina no Facebook.
Segundo Caroline, o osso do queixo foi
retirado e uma placa de titânio foi inserida. “Conforme ela crescer, eu tenho
que voltar para os Estados Unidos para refazer a cirurgia e trocar a placa”,
disse.
Além disso, por volta dos seis anos, uma
nova cirurgia deverá ser feita para a retirar um osso da perna e colocar na
mandíbula. Depois, ainda segundo a mãe, ela vai fazer implante dentário.
“Graças a Deus ela está curada, a cirurgia
foi um sucesso, o tumor estava entrando na nuca”, disse.
Caroline conta que os médicos não
conseguiram especificar qual doença ela teve e vão enviar o tumor retirado para
a cidade de Dallas, também nos Estados Unidos, para que façam análises.
Melyssa viajou com os pais e irmão no dia 9 para os Estados Unidos depois de uma grande campanha promovida pela famíliana internet para arrecadar dinheiro e buscar ajuda para o tratamento. Moradores
de uma comunidade de Guarulhos, na Grande São Paulo, Manassés e Caroline Braga
conseguiram arrecadar com a ajuda de parentes e amigos R$ 80 mil. Também
ganharam as passagens e ajuda para retirada do visto especial.
Um médico brasileiro que trabalha há anos
nos Estados Unidos soube do caso de Melyssa, se interessou e entrou em contato
com a família. Além da cirurgia, o hospital também ofereceu um apartamento para
que eles se hospedem durante todo o tratamento da criança.
Após uma semana internada, muitos exames
feitos e o tumor ainda maior, iniciaram o tratamento com anti-hormônio, que
durou cerca de dois meses. Sem o resultado esperado, deram sequência com
quimioterapia durante três meses. Mas com a imunidade baixa, e pouco resultado,
os médicos constaram que Mel não poderia receber mais sessões da medicação.
“A última que ela tomou foi em maio de
2015. Ela estava com imunidade zero, com os glóbulos brancos baixos. Ela foi
internada duas semanas, porque o organismo dela não estava mais aguentando”,
conta a mãe.
Em uma conversa com o médico, a família
soube que a quimioterapia não estava dando o resultado esperado, que Mel não
aguentaria outros tratamentos e que os pais deveriam decidir se ela seria
operada. “Eu perguntei se ela morreria fazendo ou não a cirurgia e ele disse
que sim. Eu não acreditava, eu chorava”, lembra a mãe.