Publicado em 16/10/2025

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Igreja do Evangelho Quadrangular reafirma o compromisso com o amor e a inclusão através da live "Quadrangular: uma Igreja Acolhedora"

Aconteceu nesta última segunda-feira, 13 de outubro, a live “Quadrangular: uma Igreja Acolhedora”, no canal da IEQ no YouTube, @quadrangularoficial,  reunindo pessoas de todo o Brasil em um momento de comunhão e aprendizado sobre inclusão, acessibilidade e o verdadeiro papel da Igreja como refúgio e expressão do amor de Deus, onde cada pessoa encontra amor, cuidado e pertencimento.

O encontro foi mediado pela pastora Elaine Bueno, e contou com a participação especial das convidadas pastora Flávia Santos (Recife–PE), pastora Elisângela Almeida e pastora Mirian Oliveira (Blumenau–SC), além da intérprete de Libras Fernanda Luiz. A transmissão começou com uma saudação calorosa e uma mensagem da pastora Bianca de Oliveira, que destacou a importância de cada igreja local ser um espaço de amor e serviço, convidando os pastores e líderes a multiplicarem essa visão em suas igrejas.

Inclusão que nasce do coração                                                        

A primeira convidada, pastora Flávia Santos, compartilhou sua experiência com famílias e crianças atípicas, enfatizando que a inclusão começa no coração e é um ato de amor. “Integrar é receber quem chega e esperar que se adapte; incluir é transformar o que já existe para receber o outro”, explicou.

Baseando-se em 1 Timóteo 2:3-4 e Romanos 10:14, ela destacou que Deus deseja que todos conheçam a verdade e que a Igreja deve ser esse canal de acolhimento, sem terceirizar a responsabilidade. Flávia lembrou que a igreja não é uma clínica, mas um lugar onde Jesus é anunciado, e que o essencial é ter líderes com o coração disponível.

Durante sua fala, ela apresentou dados sobre o autismo no Brasil — cerca de 2,4 milhões de pessoas diagnosticadas, segundo o Censo 2022 — e trouxe à tona a realidade de famílias, especialmente mães solo, que enfrentam desafios diários para cuidar dos filhos.

Ainda na oportunidade foi exibido o testemunho de Ronaldo, pai de dois filhos autistas, que enfrentava desemprego e depressão. Ao conhecer a Igreja Quadrangular, encontrou acolhimento e teve sua vida transformada: ele e os filhos foram integrados à comunidade e hoje servem juntos ao Senhor.

A pastora reforçou que a igreja precisa cumprir seu papel de acolher todos, sem excluir famílias por causa das dificuldades de seus filhos. A inclusão, segundo ela, não é um departamento, mas uma cultura que deve envolver toda a igreja — do altar à recepção, do ministério infantil aos adultos.

Concluiu encorajando os líderes a começarem por si mesmos, pois “começa em nós, para depois ser através de nós”. Mencionou que a IEQ Piedade já acolhe mais de 40 crianças atípicas, com o propósito de ensinar sobre Jesus de forma acessível e lúdica.

Flávia encerrou convidando os participantes a se inscreverem no curso gratuito “Como Implantar o Passo a Passo da Inclusão na Igreja”, que oferece orientações práticas sobre acolhimento, sensibilização e estruturação de equipes. “A inclusão é o Evangelho em prática — começa em nós, para depois ser através de nós”, afirmou.

Do discurso à prática: uma igreja que inclui

A segunda convidada, pastora Elisângela Almeida, trouxe uma abordagem prática e pedagógica sobre o tema. Comparou o processo de inclusão na igreja à rotina de uma escola que, antes de iniciar o ano, analisa o perfil dos alunos. “Cada igreja deve conhecer seu cenário e planejar suas ações de inclusão”, disse.

Ela apresentou as quatro etapas do processo — exclusão, segregação, integração e inclusão — e destacou que o objetivo é garantir que todos tenham liberdade e pertencimento no mesmo ambiente. “Quem ama, inclui naturalmente”, reforçou.

Elisângela também desafiou os líderes a criarem planos de ação para 2026, analisando o que já têm e o que podem desenvolver, lembrando que o processo é teocêntrico (Deus no centro), pedagógico e legal, e que “inclusão não é para preguiçosos”.

Uma igreja que é refúgio

Encerrando a live, pastora Mirian Oliveira, neuropsicopedagoga e coordenadora de crianças em Blumenau, ressaltou que a inclusão é urgente e citou João 6:37 — “Aquele que vem a mim, de modo nenhum lançarei fora” — como base bíblica para o projeto Inclusão na Igreja.

Mirian destacou que a igreja deve ser a “última porta aberta” para as famílias e que preparar o ambiente é um ato de amor. Também reforçou a importância de implementar Libras e outras formas de acessibilidade antes mesmo de haver demanda: “Estar preparado é sinal de empatia e cuidado”.

Durante toda a transmissão, o público interagiu, compartilhando experiências e testemunhos. As falas das convidadas se uniram em um mesmo propósito: tornar cada igreja um lugar de acolhimento genuíno. A pastora Elisângela concluiu com Romanos 15:7 — “Portanto, acolhei-vos uns aos outros, como também Cristo nos acolheu” —, lembrando que amar exige esforço e prática.

A live foi encerrada com um chamado a todos: “Quem ama, cuida. Quem quer, faz. A inclusão começa com o amor verdadeiro”. Assista live na íntegra no nosso canal no YouTube. 

Michelle Oliveira